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Incontinência urinária

Disfunções miccionais neurogênicas na infância

Meningomielocele ( MMC)

Patologia responsável por grande parte de disfunção vesical e entre as alterações encontramos a dificuldade de deambular, perda da sensibilidade, incontinência anal e bexiga neurogênica e é variável de acordo com as estruturas envolvidas na função da medula espinhal.

O acompanhamento especializado por uma equipe multiprofissional envolvendo neurologista, pediatra, urologistas, fisioterapeuta e enfermagem em estomaterapia ou capacitada para estes pacientes é bastante recomendável, o diagnóstico é feito logo ao nascer com a visualização do defeito na coluna.

Ao longo da vida e desenvolvimento da criança ocorrem mudanças do padrão miccional levando a infecções urinárias recorrentes, aumento da pressão intravesical e incontinência urinária.

O tratamento urológico tem como meta reduzir os riscos de lesão dos rins ou trato urinário superior, controlar a infecção urinária e promover a continência.

Mais da metade delas apresenta hiperatividade detrusora desde o primeiro exame urodinâmico, com incapacidade para urinar, apresentando uma bexiga de alta pressão.

O exame urodinâmico pode dirigir o tratamento e ajuda a definir o prognóstico.

O cateterismo intermitente limpo pode ser indicado e introduzido pelo urologista como forma de esvaziamento da bexiga em muitas dessas crianças, é uma técnica simples e segura, reconhecida para manter a saúde vesical e renal oferecendo proteção e prevenção de complicações do sistema urinário superior, este controle  da continência se faz necessário geralmente a partir da idade escolar.

A regularização da função da bexiga como reservatório associados com os esvaziamentos periódicos com cateterismo intermitente limpo permite obtenção de continência na maioria das crianças com MMC.

As intervenções de enfermagem tem a finalidade de contribuir com o cuidado especializado a pessoas com MMC proporcionando conforto, apoio, segurança e aceitação da sua condição, atendendo na sua integralidade, motivando sua independência para auto cuidado, proporcionando melhor qualidade de vida, prevenindo complicações de forma humanizada e fundamentadas em conhecimento  e evidencias científicas das melhores práticas.

Referências

 1. Assis GM, Negri AF, Veiga SA,Galli CF, Moser ADL, Azevedo GR. Elaboração e Validação de um Instrumento de Avaliação da Percepção do Usuário na Utilização de Cateteres Vesicais. Rev. Est 2015; 13 (2).

2. Moroóka M, Faro ACM. A técnica limpa do autocateterismo vesical intermitente: descrição do procedimento realizado pelos pacientes com lesão medular. Rev Esc Enferm USP. 2002; 36(4): 324-31.

3. Azevedo MAJ;Estudo Clínico 1. Rev Est.2009;7(4).

4. Gagliardi EMDB et al. Infecção do trato urinário In: Fernandes AT, Fernandes MOV, Filho NR. Infecção hospitalar e suas interfaces na área de saúde. 1 ed. São Paulo, Atheneu, 2000 cap. 18, p. 470.

5. Rocha FET, Gomes CM. Bexiga Neurogênica.in: Zerati Filho M, Nardozza Júnior A, Reis  RB. Urologia Fundamental. São Paulo: Sociedade Brasileira de Urologia, Planmark; 2010. p. 239-50

 

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